|
Por: R$ 27,83
ISBN: 978-85-7773-350-7
Formato: 14x21
N° de páginas: 108
|
 |
|
Descrição
Ao final da Segunda Guerra Mundial, Eichmann foi capturado por tropas americanas. Em 1946, ele fugiu, sendo que em 1950, depois de muitas viagens, escondeu-se na Argentina onde viveu sob o nome de Ricardo Klement, trazendo sua família para o país logo depois. No dia 11 de maio de 1960, agentes secretos israelitas, liderados por Peter Malkin, da Mossad, feriram a soberania da Argentina adentrando ilegalmente no país e sequestrando Adolf Eichmann. Depois de passar 11 dias amarrado a uma cama, ele foi obrigado a assinar um documento em que aceitava ser julgado num tribunal israelense. Então, a equipe do Mossad retirou clandestinamente o sequestrado da Argentina. Embora tenha sido uma clara violação dos direitos constitucionais dos povos, argumentou-se na época que este rapto foi humanamente justificável.
Adolf Eichmann foi julgado em Israel num tribunal nacional, especialmente constituído em Jerusalém, sendo acusado de 15 crimes, incluindo a acusação de crimes contra a humanidade e o povo judeu, bem como de pertencer a uma organização criminosa. Durante todo o seu julgamento, Eichmann insistiu que apenas cumpria ordens, todas legais e legítimas. Foi condenado em todas as acusações e recebeu a sentença de morte, sendo enforcado em 31 de maio de 1962, em Ramleh Prison, após a sentença revisional dada dois dias antes. A aplicação da pena de morte foi a única exceção aberta pela lei israelense, que não prevê a pena capital.
No julgamento, Eichmann não defendeu a própria inocência no sentido amplo, mas sim a sua inocência específica frente às acusações. Considerava-se culpado perante Deus, não perante a lei. Na visão do positivismo jurídico, Eichmann deveria ter sido absolvido. Não foi.
Esta obra permeia diversos campos da ciências, em especial do Direito, da Sociologia, da História e da Psicologia, sendo leitura relevante pois oferece raciocínio, crítica, lógica e conhecimentos sólidos para diversas argumentações.
Como trabalho de metodologia aplicada ao estudo da massificação e massacre administrativos, sistematiza as proposições da obra Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal, de autoria de Hannah Arendt, estabelecendo uma hierarquia das idéias no sentido de formar um programa de pesquisa conceitual aplicado ao Estatuto do Tribunal Penal Internacional, demonstrando a presença do existencialismo jurídico com suas regras e aplicações. De maneira geral, o estudo descreve, avalia e propõe estratégias de enfrentamento dos malefícios inerentes à massificação administrativa, redescobrindo as proposições de Heiddegger, Jaspers e Kant que se fazem presentes no pensamento da autora.